Discurso feito pelo Senhor
Deputado Rubens Pereira Júnior (Sem partido)
Na Sessão de 23/03/2021
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nos termos do Regimento Interno, e dada a impossibilidade de leitura em plenário, solicito a V.Exa. que seja dado como lido, para efeito de registro nos Anais desta Casa, este discurso de minha autoria.
Gabinetes paralelos têm sido recorrentes no governo Bolsonaro. Esta semana, mais um escândalo, agora envolvendo uma das pastas mais importantes da Esplada:o Ministério da Educação.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, que já coleciona diversas declarações infelizes, como “a universidade deveria ser para poucos”, foi flagrado em áudio prometendo privilegiar, com recursos públicos, prefeituras indicadas por pastores.
Dentro de um governo que tenta defender uma gestão sem escândalos, o áudio do ministro da Educação é mais uma confissão de crime. “Minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, disse. O presidente Bolsonaro teria feito um “pedido especial” para que municípios indicados por pastores fossem priorizados na distribuição de verbas do ministério.
Não há condições para que Milton Ribeiro permaneça no cargo. E o que Bolsonaro fará? Vai demitir o auxiliar que cumpriu suas ordens? Possivelmente vai se fazer de desentendido e jogar a culpa em alguém. Não podemos esquecer o caso do gabinete paralelo do Ministério da Saúde e tentativa de mudar bula da cloroquina para ser utilizada no tratamento contra Covid-19.
A Folha de São Paulo revelou, na terça-feira (22), que um pastor pediu o pagamento de R$15 mil antecipados para protocolar as demandas da prefeitura e mais 1kg de ouro após a liberação dos recursos no MEC.
Questiono: como pode o ministro Milton Ribeiro ainda estar à frente do MEC? Este é o quarto ministro bolsonarista ocupando um cargo de extrema importância que privilegia aliados, em desfavor de quem mais precisa: os brasileiros.
O povo está atento às pessoas mal intencionadas que tentam lucrar com a fé alheia. A sociedade merece respeito!
Era o que tinha a dizer.
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